Quantas fichas apostar para que a gente seja o amor das
nossas vidas? Para que eu sonhe em uma vida com você no estilo mais descontraído
de ser? Eu não te digo, mas eu tenho medo, de não ser você e ao mesmo tempo de
te perder, e isso me impede de me entregar, você acha que não, mas eu não estou
me doando por inteiro, e você também não. Falta perder/ganhar o que? Para gente
acreditar um no outro e deixar de duvidar?
Você diz que a gente vai se enjoar um do outro, eu respondo
que a gente enjoa de um doce, de uma comida (e para não parecer uma idiota) de
gente chata, logo te chamo de insuportável e nos beijamos para mostrar que é
desse jeito mesmo que a gente se quer... Você diz que tá me acostumando mal e
que as férias vão chegar e não vamos nos ver assim, eu não digo nada, balanço a
cabeça porque não quero ficar te explicando sobre o amor e como isso tudo é
besteira... “Pra ter o verão é aceitar o risco do inverno”. Se for para te ter,
nem que seja só por um segundo eu aceito o risco de não te ter por semanas, se
for para eu não querer te ver um dia, é porque as coisas da vida estão me
enchendo e ficar sozinha é meu tempo de estar só comigo.
E agora eu tenho medo, porque quando a gente se olha eu
sinto que te amo, nunca te chamei de “amor” mas escaparia da minha boca
facilmente... escaparia da sua? Se não for para a gente ser me diz a verdade,
não me ilude não, “eu prefiro a dor de uma desilusão sincera do que a ilusão de
uma eterna mentira”.
Beattriz Simas

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